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Posted by Café e Poesias
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19:43
Então, que seja doce.
Repito todas as manhãs,
ao abrir as janelas para
deixar entrar o sol ou
o cinza dos dias, bem assim:
que seja doce. Quando há sol,
e esse sol bate na minha cara
amassada do sono ou da insônia,
contemplando as partículas de
poeira soltas no ar, feito um
pequeno universo, repito sete
vezes para dar sorte: que
seja doce que seja doce que seja doce
e assim por diante. Mas, se alguém me
perguntasse o que deverá ser doce,
talvez não saiba responder.
Tudo é tão vago como se não fosse nada.
Caio Fernando Abreu
Repito todas as manhãs,
ao abrir as janelas para
deixar entrar o sol ou
o cinza dos dias, bem assim:
que seja doce. Quando há sol,
e esse sol bate na minha cara
amassada do sono ou da insônia,
contemplando as partículas de
poeira soltas no ar, feito um
pequeno universo, repito sete
vezes para dar sorte: que
seja doce que seja doce que seja doce
e assim por diante. Mas, se alguém me
perguntasse o que deverá ser doce,
talvez não saiba responder.
Tudo é tão vago como se não fosse nada.
Caio Fernando Abreu


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