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Posted by Café e Poesias
on
23:45
in
Rubem Alves
Tem horas antigas que ficaram muito mais
perto da gente do que outras de recente data.
Toda saudade é uma espécie de velhice...
Não é que faltem lembranças.
Estão espalhadas em toda a minha substância.
Meu corpo foi-se tornando um cemitério de tempo,
parece um desses bosques sagrados onde
enterramos nossos mortos.
A saudade mistura tudo.
A saudade não conhece o tempo.
Não se sabe o que é antes nem depois.
Tudo é presente.
Rubem Alves
perto da gente do que outras de recente data.
Toda saudade é uma espécie de velhice...
Não é que faltem lembranças.
Estão espalhadas em toda a minha substância.
Meu corpo foi-se tornando um cemitério de tempo,
parece um desses bosques sagrados onde
enterramos nossos mortos.
A saudade mistura tudo.
A saudade não conhece o tempo.
Não se sabe o que é antes nem depois.
Tudo é presente.
Rubem Alves


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